sexta-feira, 20 de novembro de 2009

VISITA À CIDADE DE GARANHUNS

Como é bom rever Garanhuns, a cidade
Espraiada desde os altos do Magano,
E relembrar os bons tempos de antanho
Onde vivi os ledos anos da mocidade.

Como é bom ser recebido pelos amigos
E parentes que ali ficaram, e unidos,
Sentar-se à mesa farta e ouvir estórias
Das grandes perdas e das últimas vitórias.

Como é bom rever as alamedas,
Caminhar por antigas veredas
E deixar-se enganar pela ilusão
De que nada mudou desde então.

A cidade cresceu de forma tamanha
Que ocupou o vale e a montanha;
Asfaltou suas ruas e abriu avenidas,
Encurtando distancias de outras vilas.

Onde, o apito do trem nas quebradas;
Imitando o soluçar de jovens viajantes
Que partiam para viver noutras plagas;
E lançar sorte em terras distantes?

Ó, passado cruel que rouba da memória,
Os nomes dos personagens da história;
Evocando a lembrança de algo distante,
Pontuando de lágrimas o idoso visitante.

O progresso transmudou a bela Cidade.
Emocionado, registro aqui minha saudade,
Levando na lembrança a imagem querida
Dos que nos deram fraternal guarida.

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