sábado, 17 de dezembro de 2011

CELEBRAÇÃO NATALINA

Celebramos neste dia
Boas novas de alegria
Proclamadas aos pastores
Nas cercanias de Belém.
Anjos diziam, com louvores:
: “Hoje vos nasceu o Messias,
O Rei da Glória, o Sumo Bem.

E numa humilde manjedoura
Pastores encontraram Maria
Que em seus braços acolhia
Uma encantadora criança.
(Que da vida é a esperança;
Que do mundo é a luz)
E ela dizia: Seu nome é Jesus.

Guiados por estrela peregrina
Magos das terras do além
Chegaram a cidade de Jerusalém,
E ao rei Herodes perguntaram:
Onde está o recém-nascido, Rei dos judeus?
Em Belém da Judéia, responderam,
Conforme vaticinara o profeta de Deus.

Orientados pela luz da estrela peregrina
Foram até a pequenina cidade de Belém
E encontraram José e Maria
Numa humilde e rude estrebaria
E Jesus deitado numa manjedoura;
Abrindo seus ricos tesouros,
Ofertaram incenso, mirra e ouro,
E prostrados O adoraram.

Celebremos o Natal, celebremos!
Com luzes multicores,
Com hinos de louvores
E com sincera devoção.
Jubilosos, nos prostremos
E agradecidos, ofertemos
Os tesouros de nosso coração.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CUIDADO! FRAGIL


Cuidado! Sou frágil.
Tenho a idade dos decanos,
A leveza e fragilidade dos cristais;
Rude atitude quebra me fácil

Cuidado! Sou frágil.
Sólido aparentemente. Ledo engano;
Tenho a essência de todo ser humano:
Sou um caniço agitado pelo vento, sou frágil.

Cuidado!
Toque-me com ternura, com brandura.
Não finja que estou invisível, intangível...
Estou aqui! Veja minha sombra no chão.

Cuidado!
Trate-me com carinho, abra o caminho...
Preciso de seu apoio, de seu abraço;
Lembre-se, sou seu irmão!

...

Cuidado! Sou frágil.
O Senhor é minha fortaleza.
Meu Castelo forte, minha certeza,
Meu criador, meu redentor, minha salvação.

.
Besaliel F. Botelho

terça-feira, 4 de outubro de 2011

LOUÇANIAS DO OUTONO

Ergo minhas mãos ao céu,
Como para alcançar as estrelas
E convido a noite para rodar...
Para bailar... para cantar...

Estrelas mil no firmamento
Iluminam meus pensamentos;
Parecem olhos a piscar, a piscar...
Zombando de meu insano cismar.


Na terra, a brisa levanta pálpebras nas veredas,
Criando a cadeia das louçanias do outono.

A fragrância dos eucaliptos, perpetua a pureza.
Noite e dia, pegadas são orfanadas pela natureza;
Fumaça de lenha tinge as nuvens de lembranças,
A seiva das queimadas viceja a mata na cachoeira de prata.

Terra dura, difícil semeadura, e a chuva,
Bálsamo do grão vindouro,
Rega a pradaria rendilhada pelos fios de ouro.

Besaliel F. Botelho
Inspirado no poeta Márcio Ravache.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MÃOS VAZIAS

Aproxima-se o final de meus dias
E ainda tenho as mãos vazias,
Diante de vós e do meu Senhor.

Vazias como as mãos do penitente;
Vazias de caridade, vazias de piedade.
Vazias de serviço, vazias de oração.

Hoje, apraz-me confessar, e o faço
A vós, que me seguistes, passo a passo,
Testemunhando minha ingrata omissão.

Estas mãos estendidas, súplices e frias,
São as mesmas do ladrão arrependido
Que clama por misericórdia e perdão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

DIA DOS AVÓS

26 de julho é o “Dia dos Avós”,
Tanto os maternos como paternos;
Ambos tão presentes em nossas vidas,
Satisfazendo os caprichos dos netos.

No espelho, a figura de uma criança
Estampada em rosto, quase senil;
Onde vemos traços de nosso perfil
Como se fora imagem e semelhança.

Quanto às avós:
Apreciamos seu jeito bondoso de ser,
Amamos sua eterna disponibilidade,
Sua sabedoria, seu apego à verdade
E sua maneira prazerosa de viver.

Quanto aos avôs:
Gostamos de receber seu abraço,
De ouvir seus sábios conselhos,
De curtir suas estórias do passado,
Contando de seus muitos segredos.

De ambos, recebemos precioso relicário:
“Acreditar na vitória do bem e do amor”;
E neste dia bem marcado no calendário,
Queremos manifestar gratidão e louvor.

domingo, 30 de janeiro de 2011

CAMPINAS DOS ANOS SESSENTA

Ah! Campinas, cidade dos meus sonhos!
De minha juventude, os anos mais risonhos;
Cidade acolhedora, pacata e promissora,
Com apenas duzentos mil habitantes,
Mas, uma cidade bela e progressista;
Que um dia acolheu um jovem seminarista.

Ah!, Campinas do Instituto Agronômico;
Do majestoso Seminário Presbiteriano;
Do Departamento dos Correios e Telégrafos;
Do aeroporto internacional de Viracopos
Do saudoso bonde vermelho e amarelo
Que ligava o centro ao mirante do Castelo.

Ah! Campinas da antiga Estação da Paulista
Da Companhia Mogiana e da Santos Jundiaí
De Carlos Gomes, da Ponte Preta e do Guarany
Do Colégio Progresso, do Culto à Ciência, da Escola Normal,
Da Faculdade de Direito e do Palácio dos Azulejos
Onde funcionava a Prefeitura e a Câmara Municipal.

Essa era a Campinas dos anos sessenta!
Que Deus preparou para a família Soares Botelho.
Acrescida da boa gente campineira, amiga e verdadeira.
E ainda nos deu de presente a recém organizada
Igreja Presbiteriana do Jardim Guanabara,
Onde a família cresceu e encontrou guarida.

Cinqüenta anos de lutas e de vitórias!
“Que diremos, pois, a vista dessas coisas?”
Diremos que Deus nos ama e nos quer bem
E faz chegar a bom termo nossa jornada.
A Ele, pois, seja toda honra, louvor e glória
Hoje e para todo sempre, Amém.

Besaliel Fausto Botelho
Culto de Ação de Graças pelos 50 anos
da chegada da família Soares Botelho a Campinas
Janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DIVIDINDO O TEMPO EM FATIAS


No início, o Criador cortou o tempo em fatias:
Doze fatias de tempo para cada ano.
E as dividiu em meses, semanas e dias,
Criando, assim, o calendário humano.
E o relógio, andando no sentido horário,
Marca, em segundos, minutos e horas
A duração de cada instante de nossas vidas,


A terra deveria girar em torno do sol
De tal forma a marcar o tempo do arrebol.
E para evitar a monotonia do eterno
Deu a seu eixo uma pequena inclinação;
O sol deitar-se-ia mais cedo no inverno
E prolongaria os dias estivais do verão.


Como a gente precisasse de dormir e sonhar,
Bondosamente criou a noite escura e silente,
E no céu, o brilho das estrelas e a tênue luz do luar.

Por isso, no final de cada ano que passa,
Nossa vida e esperança se renova,
Aguardando o novo ano que começa.
2010/2011