terça-feira, 4 de outubro de 2011

LOUÇANIAS DO OUTONO

Ergo minhas mãos ao céu,
Como para alcançar as estrelas
E convido a noite para rodar...
Para bailar... para cantar...

Estrelas mil no firmamento
Iluminam meus pensamentos;
Parecem olhos a piscar, a piscar...
Zombando de meu insano cismar.


Na terra, a brisa levanta pálpebras nas veredas,
Criando a cadeia das louçanias do outono.

A fragrância dos eucaliptos, perpetua a pureza.
Noite e dia, pegadas são orfanadas pela natureza;
Fumaça de lenha tinge as nuvens de lembranças,
A seiva das queimadas viceja a mata na cachoeira de prata.

Terra dura, difícil semeadura, e a chuva,
Bálsamo do grão vindouro,
Rega a pradaria rendilhada pelos fios de ouro.

Besaliel F. Botelho
Inspirado no poeta Márcio Ravache.

Nenhum comentário:

Postar um comentário