segunda-feira, 13 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
ENTRADA TRIUNFAL
Eu estava lá com os peregrinos.
Jesus descia o monte das oliveiras.
A multidão cantava Hosanas e os meninos
Agitavam ramos de palmeiras.
Montado numa cria de animal de carga,
Nunca dantes usado para tal,
Cavalgava Ele para a entrada triunfal,
Cumprindo profecia messiânica.
Na curva da estrada, se descortina
A cidade banhada pelo sol da matina.
Cujos raios se refletem na cúpula dourada
Do templo de Herodes, o Tetrarca.
Da encosta do monte Jesus podia ver o horto
E a sombra sinistra do calvário,
Onde mais tarde seria crucificado e morto,
Dando sua vida em sacrifício vicário.
Então eu vi Jesus chorar, e em alta voz
Clamar: Jerusalém!, Jerusalém!
Ah! Se conheceras hoje o sumo bem,
Aquele que pode te dar a verdadeira Paz!
...
Por isso, ainda hoje cantamos:
“Com vivas te acolheram ás portas da paixão,
E nós cantamos hoje louvor com gratidão.
Assim como aceitaste do povo a saudação,
Aceita o nosso canto de grata exaltação.” (*)
Besaliel F. Botelho
Páscoa de 2009
(*) HCC 123
quarta-feira, 8 de julho de 2009
ESPERANÇA
A Esperança é como a Justiça;
Horizonte que não se alcança,
Mas que faz toda a diferença
Entre o viver e o morrer.
A Esperança é irmã da poesia
Que esconde toda alegria
Em cada verso, em cada rima,
Dizendo tudo, sem nada dizer.
A Esperança é dia que amanhece
Após uma noite de padecer;
É a última coisa que se perde,
Mas que ninguém a quer perder.
...
Ó grande Deus!...
Tu és minha eterna Herança;
Minha única Esperança
De um dia, em Ti renascer.
Versos escritos após cirurgia
Em 19 de março de 2008
A Esperança é como a Justiça;
Horizonte que não se alcança,
Mas que faz toda a diferença
Entre o viver e o morrer.
A Esperança é irmã da poesia
Que esconde toda alegria
Em cada verso, em cada rima,
Dizendo tudo, sem nada dizer.
A Esperança é dia que amanhece
Após uma noite de padecer;
É a última coisa que se perde,
Mas que ninguém a quer perder.
...
Ó grande Deus!...
Tu és minha eterna Herança;
Minha única Esperança
De um dia, em Ti renascer.
Versos escritos após cirurgia
Em 19 de março de 2008
segunda-feira, 6 de julho de 2009
HÉSTIA E HERMES
A vida é um contínuo plantar e colher;
Terra fértil, onde os sulcos
Abertos pela lâmina do arado
Recebem o grão dourado;
Num misto de dor e de prazer.
Como a noiva, na antiga Grecia,
Agachada a sombra da lareira
Suplicante, a mulher estrangeira
Recebe o tragesmata da clã
Ministrado por Héstia, a Guardiã.
Hermes está à porta vigilante,
Queimado pelo sol, o arco retesa
Corre pelos campos, busca a presa,
Espanta os inimigos do lar paterno
E faz da guerra seu melhor instante.
Héstia e Hermes, divindades antigas
Simbolizam o gênero na criação:
A mulher, o interior, a beleza, o abrigo
O homem, o exterior, a força, o amigo.
Ambos conduzidos por bondosa mão.
Curso de História Cultural
UNICAMP 2006
Besaliel F. Botelho
A vida é um contínuo plantar e colher;
Terra fértil, onde os sulcos
Abertos pela lâmina do arado
Recebem o grão dourado;
Num misto de dor e de prazer.
Como a noiva, na antiga Grecia,
Agachada a sombra da lareira
Suplicante, a mulher estrangeira
Recebe o tragesmata da clã
Ministrado por Héstia, a Guardiã.
Hermes está à porta vigilante,
Queimado pelo sol, o arco retesa
Corre pelos campos, busca a presa,
Espanta os inimigos do lar paterno
E faz da guerra seu melhor instante.
Héstia e Hermes, divindades antigas
Simbolizam o gênero na criação:
A mulher, o interior, a beleza, o abrigo
O homem, o exterior, a força, o amigo.
Ambos conduzidos por bondosa mão.
Curso de História Cultural
UNICAMP 2006
Besaliel F. Botelho
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A VIDA NÃO ME DEVE NADA...
(LIFE OWES ME NOTHING)
A vida não me deve nada.
De nuvens ou de céu brilhante,
Já tive o meu cálice completo e trasbordante;
Houve dias em que ri, houve dias em que chorei,
Provei de tudo, aprendi a escolher, e muito amei.
De muitas maneiras, vivi grandes alegrias
E muitas maravilhas encheram os meus dias.
A vida não me deve nada.
Dor nenhuma em minha história
Pode roubar a riqueza dos portais da glória;
Angústia alguma, nem uma infeliz lembrança
Pode extinguir o ardor da alma criança
Que ainda vibra em mim, e nada reclamo:
Abraço a vida, e a morte tornar-se-á em ganho.
A vida não me deve nada.
Em bela manhã, ao nascermos,
Ocorre um milagre, que já é razão para agradecermos!
Sejam noventa trinta ou dez os meus anos,
Não preciso indagar de Deus, os seus planos:
Enquanto a vida for minha, eu a acharei excelente,
E saúdo cada manhã, agradecido e contente!
Autor Desconhecido, Original em inglês
Traduzido por J.W. Faustini
Adaptado por Besaliel F. Botelho
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