quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ECLESIASTES

Todas as manhas nascem para morrer
Como as ondas que se espraiam...

Sol a pino, sombras inertes por um instante
Logo se inclinam, pois, o sol em seu rompante
Caminha, grau ante grau, na direção do poente.

Aurora e poente apresentam a mesma beleza
A mesma brisa perpassante,
o mesmo colorido no horizonte,
o mesmo zumbido nas colméias,

mas tudo é pura ilusão.
Veja que terrível diferença:
As manhas caminham para a luz
As tardes, meu Deus, para a escuridão!

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