quinta-feira, 12 de julho de 2012

DIVINAL COSMOGONIA

Fim de tarde... o crepúsculo começa.

Paira no ar prenuncio de melancolia.

Nas arvores, o sussurrar da ventania,

No céu plúmbeo, dos enamorados desprezada,

A lua, desmitificada, de tristeza se embaça.

Quando enfim anoitece...

Tentativas de estrelas aparecem,

Pontilhando a imensidão do céu;

É a hora do recolhimento e da prece.

As horas se alongam no inverno

Cada minuto parece ser eterno...

Teme-se que o astro rei não mais retorne

E em seu lugar, soberana, reine a noite.

Não mente nem falha a divinal cosmogonia:

Surge no horizonte o primeiro raio do sol,

Anunciando o raiar de um novo dia:

Um novo começo, mais um arrebol.



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