DIVINAL COSMOGONIA
Fim de tarde... o crepúsculo começa.
Paira no ar prenuncio de melancolia.
Nas arvores, o sussurrar da ventania,
No céu plúmbeo, dos enamorados desprezada,
A lua, desmitificada, de tristeza se embaça.
Quando enfim anoitece...
Tentativas de estrelas aparecem,
Pontilhando a imensidão do céu;
É a hora do recolhimento e da prece.
As horas se alongam no inverno
Cada minuto parece ser eterno...
Teme-se que o astro rei não mais retorne
E em seu lugar, soberana, reine a noite.
Não mente nem falha a divinal cosmogonia:
Surge no horizonte o primeiro raio do sol,
Anunciando o raiar de um novo dia:
Um novo começo, mais um arrebol.
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