quarta-feira, 24 de outubro de 2012

NÃO SOU DONO DE MEU TEMPO




Por favor, digam-lhe que não posso ir,

Não é possível, é totalmente impossível;

Que sinto muito, mas não posso ir hoje a seu encontro.

Contem-lhe que há crianças em pranto,

Que há sofrimento, desesperança, e desgraça.



Façam-lhe ver que é preciso que eu esteja alerta,

Pronto a socorrer, a amar, a morrer se for preciso.

Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou

Não é porque não queira: ela sabe disso;

É porque há um inocente num cárcere;

Há jovens drogando-se na praça.



Como gostaria de estar com ela agora,

De abraçá-la e beijá-la como outrora;

Mas não posso ir. Tenho uma missão a cumprir

Não sou dono de meu tempo, nem de mim mesmo”



Besaliel F. Botelho

Plagiando Vinicius de Morais

Em seu poema: “Mensagem à Poesia.”



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