quinta-feira, 25 de junho de 2009
















Pintura de Jasiel Botelho

PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA
(Lucas 15:3-6)

Certo Pastor tem no aprisco cem ovelhas;
À frente do rebanho, de cajado ao ombro
Conduze-as às águas de descanso
E aos pastos verdes nas montanhas.

À tarde, quando o sol se deita no horizonte,
Conta as ovelhas chamando-as pelo nome.
E para que não sofram a aridez do deserto,
Cuida das pequeninas com paternal esmero.

Durante a noite as guarda em abrigo seguro.
E á porta do aprisco deitado, o bom pastor
Protege com seu próprio corpo
O rebanho do feroz devorador.


Certo dia, ao fazer a chamada final,
Nota a falta de uma ovelha querida,
Que desgarrada do rebanho ficou retida
Pelas garras ferinas de um denso espinhal.

No aprisco de pedras cercado no campo,
Deixa as demais ovelhas em descanso
E, arriscando sua própria vida,
Vai em busca da ovelha perdida.

À beira de um grande precipício
Encontra sua ovelha desgarrada
Que balia ferida e assustada,
Morrendo de fome e tremendo de frio.

Vendo-a o Pastor seu cajado estende,
Resgatando-a da morte iminente,
E tomando nos braços a ovelha carente,
Ao aprisco regressa pressurosamente.

Chegando a casa, reúne os vizinhos,
Dizendo-lhes: regozijemo-nos amigos,
Pois encontrei minha ovelha perdida
E libertando-a, lhe restaurei a vida.

Esta parábola Jesus Cristo contou
Para nos ensinar da alma o valor,
Dizendo que há muito regozijo no céu
Pelo arrependimento de um só pecador.

Besaliel Fausto Botelho
Inverno de 2009

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