ÚLTIMO POEMA
Neste momento, meu desafio
É escrever meu último poema,
Para encerrar a ingente porfia
... De ousar ser um poeta tardio.
Uma perfeita obra prima...
Algo que falasse a verdade;
Que ficasse para a posteridade
Como uma sagrada mensagem.
Assuntos mil vieram à mente:
Amor, vida, paixão, esperança;
Felicidade, estética, temperança;
Partida, chegada, saudade...
Algo que provocasse lágrimas,
Que despertasse recordações;
Que tocasse as alma e os corações
Pela doçura de suas palavras.
Então, me lembrei do caminho de Emaús;
Do amigo e companheiro, Cristo Jesus,
Que cura a solidão, traz paz ao coração,
E a todos outorga vera e eternal salvação.
Campinas, Outono de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
MARAVILHAS DA CRIAÇÃO
Deus nos fez assim: Mente e Memória.
A mente para ouvir, pensar, refletir,
E tomar decisões de amar e servir.
A memória, para guardar os eventos da história.
Olfativa, gustativa e cognitiva e auditiva:
Imagens, sons. sabores e pensamentos,
Todas as sensações e os sentimentos.
Que maravilha! Que maravilha!
Coisas de que não podemos esquecer:
Do nome, dos números, das senhas do cartão;
Dos bons momentos e do rosto dos amigos,
Das aventuras, das alegrias e dos desafios;
De respirar, de sonhar e de oferecer perdão.
Coisas de que é preciso esquecer: (faça sua lista)
Da ofensa recebida, da ingratidão,
Da soberba e da glória imerecida,
Da oportunidade perdida;
Dos pecados cometidos por omissão.
Deus nos fez assim: Mente e Memória.
A mente para ouvir, pensar, refletir,
E tomar decisões de amar e servir.
A memória, para guardar os eventos da história.
Olfativa, gustativa e cognitiva e auditiva:
Imagens, sons. sabores e pensamentos,
Todas as sensações e os sentimentos.
Que maravilha! Que maravilha!
Coisas de que não podemos esquecer:
Do nome, dos números, das senhas do cartão;
Dos bons momentos e do rosto dos amigos,
Das aventuras, das alegrias e dos desafios;
De respirar, de sonhar e de oferecer perdão.
Coisas de que é preciso esquecer: (faça sua lista)
Da ofensa recebida, da ingratidão,
Da soberba e da glória imerecida,
Da oportunidade perdida;
Dos pecados cometidos por omissão.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
EVANGELHO DA REDENÇÃO
Deus criou a vida, o universo;
O gozo, a paz e a alegria,
Criou também a natureza,
Com toda a sua beleza e harmonia;
As manhãs de sol, o cantar do rouxinol,
A colheita do trigo, e o pão nosso de cada dia.
Deus criou o homem,
Sua obra prima.
Macho e fêmea, o criou;
E tudo perfeito criou.
Mas, um dia, veio a morte;
Os males de toda sorte.
E tudo mudou desde então.
No homem: a soberba, a ingratidão,
A dor, a tristeza e o sofrimento;
Na natureza: a seca, a inundação,
As pragas e a escassez de alimento.
Ó morte, terrível morte!
Quem te fez assim, tão cruel;
Em que consiste teu laurel,
Ceifando vidas a cada instante,
Com teu efeito letal e paralisante.
Tu és ridícula e mortalmente feia,
Antitética, atraindo todos a tua teia?
Então o Criador da terra e dos céus,
Volta seu rosto sobre nós.
E promete nunca mais nos deixar a sós.
Revelando seu amor profundo.
Envia seu Filho unigênito ao mundo
Para resgatar nossa divida na cruz,
Pela morte e ressurreição de Jesus.
Ó morte, tu já não me assustas mais.
Embora inda sinta a dor de teu aguilhão,
Um dia, ao transpor o rio, terei galardão:
A vida eterna, plenitude de gozo e de paz.
Besaliel F. Botelho
Deus criou a vida, o universo;
O gozo, a paz e a alegria,
Criou também a natureza,
Com toda a sua beleza e harmonia;
As manhãs de sol, o cantar do rouxinol,
A colheita do trigo, e o pão nosso de cada dia.
Deus criou o homem,
Sua obra prima.
Macho e fêmea, o criou;
E tudo perfeito criou.
Mas, um dia, veio a morte;
Os males de toda sorte.
E tudo mudou desde então.
No homem: a soberba, a ingratidão,
A dor, a tristeza e o sofrimento;
Na natureza: a seca, a inundação,
As pragas e a escassez de alimento.
Ó morte, terrível morte!
Quem te fez assim, tão cruel;
Em que consiste teu laurel,
Ceifando vidas a cada instante,
Com teu efeito letal e paralisante.
Tu és ridícula e mortalmente feia,
Antitética, atraindo todos a tua teia?
Então o Criador da terra e dos céus,
Volta seu rosto sobre nós.
E promete nunca mais nos deixar a sós.
Revelando seu amor profundo.
Envia seu Filho unigênito ao mundo
Para resgatar nossa divida na cruz,
Pela morte e ressurreição de Jesus.
Ó morte, tu já não me assustas mais.
Embora inda sinta a dor de teu aguilhão,
Um dia, ao transpor o rio, terei galardão:
A vida eterna, plenitude de gozo e de paz.
Besaliel F. Botelho
domingo, 28 de outubro de 2012
COMEMORANDO O DIA DA REFORMA
Eclodiu na Alemanha, em 1517, a Reforma Protestante.
Quando o monge agostiniano, Martinho Lutero,
Afixou, no portal da Abadia de Wittenberg, 95 teses,
Questionando a pratica da fé cristã dominante.
Gutenberg, o inventor da imprensa,
Cuidou de imprimir a Escritura Sagrada
Desde a muito, no altar da grei acorrentada,
Para ser pelo povo lida e consultada.
A Bíblia, traduzida, para o vernáculo, por Lutero
Prestou grande serviço a nação,
Pois além de propagar a fé cristã,
Deu forma e unidade a língua alemã.
Na Europa surgiram, outros reformadores:
Zwinglio na Suíça, John Knox na Escócia,
João Calvino e Guilherme Farel em Genebra,
Sem mencionar os mártires precursores.
A salvação é pela fé!, clamava Lutero na Abadia,
As obras meritórias são de nula valia;
Somente a fé no sacrifício redentor,
Pode resgatar e salvar o pecador!
Colombo descobre a América e o Evangelho é levado,
Para o Novo Mundo, pelos pais peregrinos;
Calvinistas (Presbiterianos), Anglicanos e Luteranos,
Formam o grupo chamado de protestantes reformados.
Ao Brasil, chega a Reforma Protestante
Trazida por missionários americanos;
Em 1859, Ashbel Green Simonton
É o primeiro missionário presbiteriano.
Cada ramo da igreja cristã é um lado
Visível da invisível Igreja de Jesus Cristo.
Por isso, comemoramos a reforma com alegria e gratidão,
Louvando e glorificando a Deus pela eterna redenção.
Besaliel F. Botelho
Outubro de 2012
Eclodiu na Alemanha, em 1517, a Reforma Protestante.
Quando o monge agostiniano, Martinho Lutero,
Afixou, no portal da Abadia de Wittenberg, 95 teses,
Questionando a pratica da fé cristã dominante.
Gutenberg, o inventor da imprensa,
Cuidou de imprimir a Escritura Sagrada
Desde a muito, no altar da grei acorrentada,
Para ser pelo povo lida e consultada.
A Bíblia, traduzida, para o vernáculo, por Lutero
Prestou grande serviço a nação,
Pois além de propagar a fé cristã,
Deu forma e unidade a língua alemã.
Na Europa surgiram, outros reformadores:
Zwinglio na Suíça, John Knox na Escócia,
João Calvino e Guilherme Farel em Genebra,
Sem mencionar os mártires precursores.
A salvação é pela fé!, clamava Lutero na Abadia,
As obras meritórias são de nula valia;
Somente a fé no sacrifício redentor,
Pode resgatar e salvar o pecador!
Colombo descobre a América e o Evangelho é levado,
Para o Novo Mundo, pelos pais peregrinos;
Calvinistas (Presbiterianos), Anglicanos e Luteranos,
Formam o grupo chamado de protestantes reformados.
Ao Brasil, chega a Reforma Protestante
Trazida por missionários americanos;
Em 1859, Ashbel Green Simonton
É o primeiro missionário presbiteriano.
Cada ramo da igreja cristã é um lado
Visível da invisível Igreja de Jesus Cristo.
Por isso, comemoramos a reforma com alegria e gratidão,
Louvando e glorificando a Deus pela eterna redenção.
Besaliel F. Botelho
Outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
DIANTE DO ESPELHO
Quanto estou diante do espelho,
Quem está a olhar para mim? O que vejo?
Vejo uma imagem imperfeita de mim mesmo.
Refletida na moldura do espelho.
Quem é este que tanto me espreita?
Por que imita meus gestos e mostra meus defeitos?
Por que me olha em tom de censura,
Fazendo-me sentir culpado de minha postura?
Já não faz diferença entre a noite e o dia.
Tudo igual, no rosto, sempre o mesmo olhar.
É como se estivesse a perguntar:
E então, José? E agora, Maria?
Antes não era assim. O espelho oval
Mostrava-me um ser alegre e jovial,
Cabelos penteados a moda da época,
Olhos exigentes, atentos à perfeição
E um olhar sublime de aprovação.
Quando jovem, gastava tempo no espelho,
Pois me sentia feliz e confiante
Era o meu melhor amigo e confidente,
A quem costumava pedir conselho.
Hoje, já não sinto prazer em estar diante dele.
Não quero mais ouvir suas “mentiras”
Quando mostra as rugas próprias de minha idade,
E me faz consciente de minha senilidade.
Espelho, espelho meu!
Responde com sinceridade:
Este homem que eu vejo, sou eu?
Besaliel F Botelho
Agosto de 2012
Quanto estou diante do espelho,
Quem está a olhar para mim? O que vejo?
Vejo uma imagem imperfeita de mim mesmo.
Refletida na moldura do espelho.
Quem é este que tanto me espreita?
Por que imita meus gestos e mostra meus defeitos?
Por que me olha em tom de censura,
Fazendo-me sentir culpado de minha postura?
Já não faz diferença entre a noite e o dia.
Tudo igual, no rosto, sempre o mesmo olhar.
É como se estivesse a perguntar:
E então, José? E agora, Maria?
Antes não era assim. O espelho oval
Mostrava-me um ser alegre e jovial,
Cabelos penteados a moda da época,
Olhos exigentes, atentos à perfeição
E um olhar sublime de aprovação.
Quando jovem, gastava tempo no espelho,
Pois me sentia feliz e confiante
Era o meu melhor amigo e confidente,
A quem costumava pedir conselho.
Hoje, já não sinto prazer em estar diante dele.
Não quero mais ouvir suas “mentiras”
Quando mostra as rugas próprias de minha idade,
E me faz consciente de minha senilidade.
Espelho, espelho meu!
Responde com sinceridade:
Este homem que eu vejo, sou eu?
Besaliel F Botelho
Agosto de 2012
NÃO SOU DONO DE MEU TEMPO
Por favor, digam-lhe que não posso ir,
Não é possível, é totalmente impossível;
Que sinto muito, mas não posso ir hoje a seu encontro.
Contem-lhe que há crianças em pranto,
Que há sofrimento, desesperança, e desgraça.
Façam-lhe ver que é preciso que eu esteja alerta,
Pronto a socorrer, a amar, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe disso;
É porque há um inocente num cárcere;
Há jovens drogando-se na praça.
Como gostaria de estar com ela agora,
De abraçá-la e beijá-la como outrora;
Mas não posso ir. Tenho uma missão a cumprir
Não sou dono de meu tempo, nem de mim mesmo”
Besaliel F. Botelho
Plagiando Vinicius de Morais
Em seu poema: “Mensagem à Poesia.”
Por favor, digam-lhe que não posso ir,
Não é possível, é totalmente impossível;
Que sinto muito, mas não posso ir hoje a seu encontro.
Contem-lhe que há crianças em pranto,
Que há sofrimento, desesperança, e desgraça.
Façam-lhe ver que é preciso que eu esteja alerta,
Pronto a socorrer, a amar, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe disso;
É porque há um inocente num cárcere;
Há jovens drogando-se na praça.
Como gostaria de estar com ela agora,
De abraçá-la e beijá-la como outrora;
Mas não posso ir. Tenho uma missão a cumprir
Não sou dono de meu tempo, nem de mim mesmo”
Besaliel F. Botelho
Plagiando Vinicius de Morais
Em seu poema: “Mensagem à Poesia.”
O OUTONO
Folhas coloridas embandeiram a natureza,
Ventos frigidos açoitam as folhas maduras.
Picos nevados já molduram as alturas;
E o outono exibe sua melancólica beleza.
Folhas desmaiam e soltam-se das árvores,
Um tapete multicolorido cobre tudo de beleza;
Passantes, indiferentes à arte da natureza,
Correm apressados para seus lúdicos afazeres.
Assim, também, é a vida, em seu moto continuo;
Na natureza, as estações, na vida, as gerações;
Esta perpetua a existência, aquela, a providência.
As estações nos lembram o círculo da vida:
O outono, que somos seres evanescentes,
A primavera, que com Cristo, ressurgiremos, um dia.
Besaliel F. Botelho
22 de outubro de 2012
Folhas coloridas embandeiram a natureza,
Ventos frigidos açoitam as folhas maduras.
Picos nevados já molduram as alturas;
E o outono exibe sua melancólica beleza.
Folhas desmaiam e soltam-se das árvores,
Um tapete multicolorido cobre tudo de beleza;
Passantes, indiferentes à arte da natureza,
Correm apressados para seus lúdicos afazeres.
Assim, também, é a vida, em seu moto continuo;
Na natureza, as estações, na vida, as gerações;
Esta perpetua a existência, aquela, a providência.
As estações nos lembram o círculo da vida:
O outono, que somos seres evanescentes,
A primavera, que com Cristo, ressurgiremos, um dia.
Besaliel F. Botelho
22 de outubro de 2012
CANTO DO POETA PEREGRINO
“Caminhante, não há caminho.”
Diz o poeta de um país vizinho;
“Faz-se caminho ao andar”.
Sou um poeta peregrino,
Passo a passo, verso a verso.
Meu destino é versejar.
Quando ouso olhar para trás,
Vejo somente pegadas, nada mais
Que ondas espraiadas virão apagar.
Caminhante, não há caminho,
Faz-se caminho a andar.
Peregrino, teu destino é caminhar.
Besaliel F Botelho
20/09/2012
“Caminhante, não há caminho.”
Diz o poeta de um país vizinho;
“Faz-se caminho ao andar”.
Sou um poeta peregrino,
Passo a passo, verso a verso.
Meu destino é versejar.
Quando ouso olhar para trás,
Vejo somente pegadas, nada mais
Que ondas espraiadas virão apagar.
Caminhante, não há caminho,
Faz-se caminho a andar.
Peregrino, teu destino é caminhar.
Besaliel F Botelho
20/09/2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
TRANSITORIEDADE
A vida é transitória.
Tudo passa nesta vida:
As tormentas, as tristezas,
A pobreza, a riqueza
A juventude, a velhice
As derrotas e as vitórias.
Os caminhos e os espinhos,
As pedras e os degraus,
Os perigos e os tropeços,
A trama e a fama,
A jornada dos Peregrinos.
O primeiro amor,
Os anos de vigor,
Os desenganos;
O sonhar,
O querer,
O prazer;
Nada vai ficar.
Tudo vai passar.
O segundo, o minuto,
O outono, o inverno,
A primavera,
A esperança;
A abastança,
O luto...
E tudo mais.
Mas o amor,
O amor é eterno,
O amor vai ficar.
A vida é transitória.
Tudo passa nesta vida:
As tormentas, as tristezas,
A pobreza, a riqueza
A juventude, a velhice
As derrotas e as vitórias.
Os caminhos e os espinhos,
As pedras e os degraus,
Os perigos e os tropeços,
A trama e a fama,
A jornada dos Peregrinos.
O primeiro amor,
Os anos de vigor,
Os desenganos;
O sonhar,
O querer,
O prazer;
Nada vai ficar.
Tudo vai passar.
O segundo, o minuto,
O outono, o inverno,
A primavera,
A esperança;
A abastança,
O luto...
E tudo mais.
Mas o amor,
O amor é eterno,
O amor vai ficar.
DRAMA EXISTENCIAL
Eu sou.... eu sou!
Grito, cogito, existo.
Existência, não Essência,
Criatura, não Criador.
Sentimento e pensamento
Consciência da realidade,
Universo e identidade.
Meu tudo, meu ser, meu nada.
Então percebo você.
Outro ser além de mim,
Não sei..., tenho receio,
Você é tão outro assim!
Eu e você, você e eu
Irresistível atração de amor.
Mas há outros seres ao redor,
Gente como você e eu.
Sinto que tenha de repartir
Meu eu e meu ser com você,
Mas resisto; meu egoísmo
É mais forte que meu ser.
Eu sou.... eu sou!
Grito, cogito, existo.
Existência, não Essência,
Criatura, não Criador.
Sentimento e pensamento
Consciência da realidade,
Universo e identidade.
Meu tudo, meu ser, meu nada.
Então percebo você.
Outro ser além de mim,
Não sei..., tenho receio,
Você é tão outro assim!
Eu e você, você e eu
Irresistível atração de amor.
Mas há outros seres ao redor,
Gente como você e eu.
Sinto que tenha de repartir
Meu eu e meu ser com você,
Mas resisto; meu egoísmo
É mais forte que meu ser.
DEVANEIOS DE UM BANCÁRIO
Sou um eficiente funcionário de banco,
Um triste “guarda livros” do século passado,
Que registra depósitos milionários
Na conta de correntistas afortunados.
Ah se eu possuísse estes milhões sem conta,
Ou se não tivesse de tanta conta dar conta,
Correria pelos os caminhos do mundo afora
Bailando e cantando até o romper da aurora.
.
Muitos não sabem o que fazer com seus milhões!
E eu vivo a contar minha fortuna em tostões;
A chuva lava estátuas, e o sol brilha lá fora.
Enquanto o contador fica à mercê das horas.
Sou um eficiente funcionário de banco,
Um triste “guarda livros” do século passado,
Que registra depósitos milionários
Na conta de correntistas afortunados.
Ah se eu possuísse estes milhões sem conta,
Ou se não tivesse de tanta conta dar conta,
Correria pelos os caminhos do mundo afora
Bailando e cantando até o romper da aurora.
.
Muitos não sabem o que fazer com seus milhões!
E eu vivo a contar minha fortuna em tostões;
A chuva lava estátuas, e o sol brilha lá fora.
Enquanto o contador fica à mercê das horas.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O PRISIONEIRO
Pela grade da janela da cela, vejo o céu,
Tão azul, tão límpido, tão belo!
E sobre o telhado avermelhado do presídio,
Uma palmeira agitada pelo vento
Sacode suas longas palmas.
Visão única do mundo lá de fora.
Empoleirado na cornija do telhado,
Um pássaro previdente,
Prenunciando chuva e frio,
Impermeabiliza suas penas,
Termina seu rito de acasalamento
E alça vôo livre para o infinito.
O sol, emoldurado pela grade de ferro
Faz tudo parecer quadrado.
E a sombra do telhado projetado
Nas paredes da cela fria
Marca os últimos momentos do dia.
Picado pela mosca do ideal e da razão
E por querer libertar o povo da opressão;
Condenado pelos pecados de usar a pena,
Pintar o rosto e protestar na arena;
Fizeram-me prisioneiro de meus sonhos.
Besaliel F. Botelho
Em memória do poeta Paul Verlaine
Inverno de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
ESPERANÇA
Esperança, pássaro cantante
Empoleirado na alma;
Repetindo o mesmo acalanto.
Até o último instante.
Esperança, suave brisa de verão;
Fôlego de vida...
Que vibra e faz vibrar
As cordas do coração.
Esperança, siga adiante!
Não desanime!
Não desista, terra à vista!
Nuvens no horizonte!
Esperança: o bem vai vencer o mal
O sofrer, o pranto e a dor.
Não mais existirá. E em seu lugar:
O gozo, a alegria, a paz e o amor.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
ENTRE O VIVER E O SONHAR
Vivo entre o viver e o sonhar
Entre o ser e o devaneio;
Aquilo que parece ser sonho
É o real que mais anseio.
Sonho transpondo margens
Em cada curva do caminho;
E nessas loucas viagens
Corre sempre sinuoso rio.
Na casa que hoje habito
Tudo que penso e inda sou...
É castelo de areia... medito;
É um sonho que já passou.
Quem pensa ser real o sonho,
E vive em roseos devaneios,
Não despertou do sono,
Nem alimentou anseios.
Versos escritos numa tarde fria de inverno,
Campinas, julho de 2012
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