MARAVILHAS DA CRIAÇÃO
Deus nos fez assim: Mente e Memória.
A mente para ouvir, pensar, refletir,
E tomar decisões de amar e servir.
A memória, para guardar os eventos da história.
Olfativa, gustativa e cognitiva e auditiva:
Imagens, sons. sabores e pensamentos,
Todas as sensações e os sentimentos.
Que maravilha! Que maravilha!
Coisas de que não podemos esquecer:
Do nome, dos números, das senhas do cartão;
Dos bons momentos e do rosto dos amigos,
Das aventuras, das alegrias e dos desafios;
De respirar, de sonhar e de oferecer perdão.
Coisas de que é preciso esquecer: (faça sua lista)
Da ofensa recebida, da ingratidão,
Da soberba e da glória imerecida,
Da oportunidade perdida;
Dos pecados cometidos por omissão.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
EVANGELHO DA REDENÇÃO
Deus criou a vida, o universo;
O gozo, a paz e a alegria,
Criou também a natureza,
Com toda a sua beleza e harmonia;
As manhãs de sol, o cantar do rouxinol,
A colheita do trigo, e o pão nosso de cada dia.
Deus criou o homem,
Sua obra prima.
Macho e fêmea, o criou;
E tudo perfeito criou.
Mas, um dia, veio a morte;
Os males de toda sorte.
E tudo mudou desde então.
No homem: a soberba, a ingratidão,
A dor, a tristeza e o sofrimento;
Na natureza: a seca, a inundação,
As pragas e a escassez de alimento.
Ó morte, terrível morte!
Quem te fez assim, tão cruel;
Em que consiste teu laurel,
Ceifando vidas a cada instante,
Com teu efeito letal e paralisante.
Tu és ridícula e mortalmente feia,
Antitética, atraindo todos a tua teia?
Então o Criador da terra e dos céus,
Volta seu rosto sobre nós.
E promete nunca mais nos deixar a sós.
Revelando seu amor profundo.
Envia seu Filho unigênito ao mundo
Para resgatar nossa divida na cruz,
Pela morte e ressurreição de Jesus.
Ó morte, tu já não me assustas mais.
Embora inda sinta a dor de teu aguilhão,
Um dia, ao transpor o rio, terei galardão:
A vida eterna, plenitude de gozo e de paz.
Besaliel F. Botelho
Deus criou a vida, o universo;
O gozo, a paz e a alegria,
Criou também a natureza,
Com toda a sua beleza e harmonia;
As manhãs de sol, o cantar do rouxinol,
A colheita do trigo, e o pão nosso de cada dia.
Deus criou o homem,
Sua obra prima.
Macho e fêmea, o criou;
E tudo perfeito criou.
Mas, um dia, veio a morte;
Os males de toda sorte.
E tudo mudou desde então.
No homem: a soberba, a ingratidão,
A dor, a tristeza e o sofrimento;
Na natureza: a seca, a inundação,
As pragas e a escassez de alimento.
Ó morte, terrível morte!
Quem te fez assim, tão cruel;
Em que consiste teu laurel,
Ceifando vidas a cada instante,
Com teu efeito letal e paralisante.
Tu és ridícula e mortalmente feia,
Antitética, atraindo todos a tua teia?
Então o Criador da terra e dos céus,
Volta seu rosto sobre nós.
E promete nunca mais nos deixar a sós.
Revelando seu amor profundo.
Envia seu Filho unigênito ao mundo
Para resgatar nossa divida na cruz,
Pela morte e ressurreição de Jesus.
Ó morte, tu já não me assustas mais.
Embora inda sinta a dor de teu aguilhão,
Um dia, ao transpor o rio, terei galardão:
A vida eterna, plenitude de gozo e de paz.
Besaliel F. Botelho
domingo, 28 de outubro de 2012
COMEMORANDO O DIA DA REFORMA
Eclodiu na Alemanha, em 1517, a Reforma Protestante.
Quando o monge agostiniano, Martinho Lutero,
Afixou, no portal da Abadia de Wittenberg, 95 teses,
Questionando a pratica da fé cristã dominante.
Gutenberg, o inventor da imprensa,
Cuidou de imprimir a Escritura Sagrada
Desde a muito, no altar da grei acorrentada,
Para ser pelo povo lida e consultada.
A Bíblia, traduzida, para o vernáculo, por Lutero
Prestou grande serviço a nação,
Pois além de propagar a fé cristã,
Deu forma e unidade a língua alemã.
Na Europa surgiram, outros reformadores:
Zwinglio na Suíça, John Knox na Escócia,
João Calvino e Guilherme Farel em Genebra,
Sem mencionar os mártires precursores.
A salvação é pela fé!, clamava Lutero na Abadia,
As obras meritórias são de nula valia;
Somente a fé no sacrifício redentor,
Pode resgatar e salvar o pecador!
Colombo descobre a América e o Evangelho é levado,
Para o Novo Mundo, pelos pais peregrinos;
Calvinistas (Presbiterianos), Anglicanos e Luteranos,
Formam o grupo chamado de protestantes reformados.
Ao Brasil, chega a Reforma Protestante
Trazida por missionários americanos;
Em 1859, Ashbel Green Simonton
É o primeiro missionário presbiteriano.
Cada ramo da igreja cristã é um lado
Visível da invisível Igreja de Jesus Cristo.
Por isso, comemoramos a reforma com alegria e gratidão,
Louvando e glorificando a Deus pela eterna redenção.
Besaliel F. Botelho
Outubro de 2012
Eclodiu na Alemanha, em 1517, a Reforma Protestante.
Quando o monge agostiniano, Martinho Lutero,
Afixou, no portal da Abadia de Wittenberg, 95 teses,
Questionando a pratica da fé cristã dominante.
Gutenberg, o inventor da imprensa,
Cuidou de imprimir a Escritura Sagrada
Desde a muito, no altar da grei acorrentada,
Para ser pelo povo lida e consultada.
A Bíblia, traduzida, para o vernáculo, por Lutero
Prestou grande serviço a nação,
Pois além de propagar a fé cristã,
Deu forma e unidade a língua alemã.
Na Europa surgiram, outros reformadores:
Zwinglio na Suíça, John Knox na Escócia,
João Calvino e Guilherme Farel em Genebra,
Sem mencionar os mártires precursores.
A salvação é pela fé!, clamava Lutero na Abadia,
As obras meritórias são de nula valia;
Somente a fé no sacrifício redentor,
Pode resgatar e salvar o pecador!
Colombo descobre a América e o Evangelho é levado,
Para o Novo Mundo, pelos pais peregrinos;
Calvinistas (Presbiterianos), Anglicanos e Luteranos,
Formam o grupo chamado de protestantes reformados.
Ao Brasil, chega a Reforma Protestante
Trazida por missionários americanos;
Em 1859, Ashbel Green Simonton
É o primeiro missionário presbiteriano.
Cada ramo da igreja cristã é um lado
Visível da invisível Igreja de Jesus Cristo.
Por isso, comemoramos a reforma com alegria e gratidão,
Louvando e glorificando a Deus pela eterna redenção.
Besaliel F. Botelho
Outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
DIANTE DO ESPELHO
Quanto estou diante do espelho,
Quem está a olhar para mim? O que vejo?
Vejo uma imagem imperfeita de mim mesmo.
Refletida na moldura do espelho.
Quem é este que tanto me espreita?
Por que imita meus gestos e mostra meus defeitos?
Por que me olha em tom de censura,
Fazendo-me sentir culpado de minha postura?
Já não faz diferença entre a noite e o dia.
Tudo igual, no rosto, sempre o mesmo olhar.
É como se estivesse a perguntar:
E então, José? E agora, Maria?
Antes não era assim. O espelho oval
Mostrava-me um ser alegre e jovial,
Cabelos penteados a moda da época,
Olhos exigentes, atentos à perfeição
E um olhar sublime de aprovação.
Quando jovem, gastava tempo no espelho,
Pois me sentia feliz e confiante
Era o meu melhor amigo e confidente,
A quem costumava pedir conselho.
Hoje, já não sinto prazer em estar diante dele.
Não quero mais ouvir suas “mentiras”
Quando mostra as rugas próprias de minha idade,
E me faz consciente de minha senilidade.
Espelho, espelho meu!
Responde com sinceridade:
Este homem que eu vejo, sou eu?
Besaliel F Botelho
Agosto de 2012
Quanto estou diante do espelho,
Quem está a olhar para mim? O que vejo?
Vejo uma imagem imperfeita de mim mesmo.
Refletida na moldura do espelho.
Quem é este que tanto me espreita?
Por que imita meus gestos e mostra meus defeitos?
Por que me olha em tom de censura,
Fazendo-me sentir culpado de minha postura?
Já não faz diferença entre a noite e o dia.
Tudo igual, no rosto, sempre o mesmo olhar.
É como se estivesse a perguntar:
E então, José? E agora, Maria?
Antes não era assim. O espelho oval
Mostrava-me um ser alegre e jovial,
Cabelos penteados a moda da época,
Olhos exigentes, atentos à perfeição
E um olhar sublime de aprovação.
Quando jovem, gastava tempo no espelho,
Pois me sentia feliz e confiante
Era o meu melhor amigo e confidente,
A quem costumava pedir conselho.
Hoje, já não sinto prazer em estar diante dele.
Não quero mais ouvir suas “mentiras”
Quando mostra as rugas próprias de minha idade,
E me faz consciente de minha senilidade.
Espelho, espelho meu!
Responde com sinceridade:
Este homem que eu vejo, sou eu?
Besaliel F Botelho
Agosto de 2012
NÃO SOU DONO DE MEU TEMPO
Por favor, digam-lhe que não posso ir,
Não é possível, é totalmente impossível;
Que sinto muito, mas não posso ir hoje a seu encontro.
Contem-lhe que há crianças em pranto,
Que há sofrimento, desesperança, e desgraça.
Façam-lhe ver que é preciso que eu esteja alerta,
Pronto a socorrer, a amar, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe disso;
É porque há um inocente num cárcere;
Há jovens drogando-se na praça.
Como gostaria de estar com ela agora,
De abraçá-la e beijá-la como outrora;
Mas não posso ir. Tenho uma missão a cumprir
Não sou dono de meu tempo, nem de mim mesmo”
Besaliel F. Botelho
Plagiando Vinicius de Morais
Em seu poema: “Mensagem à Poesia.”
Por favor, digam-lhe que não posso ir,
Não é possível, é totalmente impossível;
Que sinto muito, mas não posso ir hoje a seu encontro.
Contem-lhe que há crianças em pranto,
Que há sofrimento, desesperança, e desgraça.
Façam-lhe ver que é preciso que eu esteja alerta,
Pronto a socorrer, a amar, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe disso;
É porque há um inocente num cárcere;
Há jovens drogando-se na praça.
Como gostaria de estar com ela agora,
De abraçá-la e beijá-la como outrora;
Mas não posso ir. Tenho uma missão a cumprir
Não sou dono de meu tempo, nem de mim mesmo”
Besaliel F. Botelho
Plagiando Vinicius de Morais
Em seu poema: “Mensagem à Poesia.”
O OUTONO
Folhas coloridas embandeiram a natureza,
Ventos frigidos açoitam as folhas maduras.
Picos nevados já molduram as alturas;
E o outono exibe sua melancólica beleza.
Folhas desmaiam e soltam-se das árvores,
Um tapete multicolorido cobre tudo de beleza;
Passantes, indiferentes à arte da natureza,
Correm apressados para seus lúdicos afazeres.
Assim, também, é a vida, em seu moto continuo;
Na natureza, as estações, na vida, as gerações;
Esta perpetua a existência, aquela, a providência.
As estações nos lembram o círculo da vida:
O outono, que somos seres evanescentes,
A primavera, que com Cristo, ressurgiremos, um dia.
Besaliel F. Botelho
22 de outubro de 2012
Folhas coloridas embandeiram a natureza,
Ventos frigidos açoitam as folhas maduras.
Picos nevados já molduram as alturas;
E o outono exibe sua melancólica beleza.
Folhas desmaiam e soltam-se das árvores,
Um tapete multicolorido cobre tudo de beleza;
Passantes, indiferentes à arte da natureza,
Correm apressados para seus lúdicos afazeres.
Assim, também, é a vida, em seu moto continuo;
Na natureza, as estações, na vida, as gerações;
Esta perpetua a existência, aquela, a providência.
As estações nos lembram o círculo da vida:
O outono, que somos seres evanescentes,
A primavera, que com Cristo, ressurgiremos, um dia.
Besaliel F. Botelho
22 de outubro de 2012
CANTO DO POETA PEREGRINO
“Caminhante, não há caminho.”
Diz o poeta de um país vizinho;
“Faz-se caminho ao andar”.
Sou um poeta peregrino,
Passo a passo, verso a verso.
Meu destino é versejar.
Quando ouso olhar para trás,
Vejo somente pegadas, nada mais
Que ondas espraiadas virão apagar.
Caminhante, não há caminho,
Faz-se caminho a andar.
Peregrino, teu destino é caminhar.
Besaliel F Botelho
20/09/2012
“Caminhante, não há caminho.”
Diz o poeta de um país vizinho;
“Faz-se caminho ao andar”.
Sou um poeta peregrino,
Passo a passo, verso a verso.
Meu destino é versejar.
Quando ouso olhar para trás,
Vejo somente pegadas, nada mais
Que ondas espraiadas virão apagar.
Caminhante, não há caminho,
Faz-se caminho a andar.
Peregrino, teu destino é caminhar.
Besaliel F Botelho
20/09/2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
TRANSITORIEDADE
A vida é transitória.
Tudo passa nesta vida:
As tormentas, as tristezas,
A pobreza, a riqueza
A juventude, a velhice
As derrotas e as vitórias.
Os caminhos e os espinhos,
As pedras e os degraus,
Os perigos e os tropeços,
A trama e a fama,
A jornada dos Peregrinos.
O primeiro amor,
Os anos de vigor,
Os desenganos;
O sonhar,
O querer,
O prazer;
Nada vai ficar.
Tudo vai passar.
O segundo, o minuto,
O outono, o inverno,
A primavera,
A esperança;
A abastança,
O luto...
E tudo mais.
Mas o amor,
O amor é eterno,
O amor vai ficar.
A vida é transitória.
Tudo passa nesta vida:
As tormentas, as tristezas,
A pobreza, a riqueza
A juventude, a velhice
As derrotas e as vitórias.
Os caminhos e os espinhos,
As pedras e os degraus,
Os perigos e os tropeços,
A trama e a fama,
A jornada dos Peregrinos.
O primeiro amor,
Os anos de vigor,
Os desenganos;
O sonhar,
O querer,
O prazer;
Nada vai ficar.
Tudo vai passar.
O segundo, o minuto,
O outono, o inverno,
A primavera,
A esperança;
A abastança,
O luto...
E tudo mais.
Mas o amor,
O amor é eterno,
O amor vai ficar.
DRAMA EXISTENCIAL
Eu sou.... eu sou!
Grito, cogito, existo.
Existência, não Essência,
Criatura, não Criador.
Sentimento e pensamento
Consciência da realidade,
Universo e identidade.
Meu tudo, meu ser, meu nada.
Então percebo você.
Outro ser além de mim,
Não sei..., tenho receio,
Você é tão outro assim!
Eu e você, você e eu
Irresistível atração de amor.
Mas há outros seres ao redor,
Gente como você e eu.
Sinto que tenha de repartir
Meu eu e meu ser com você,
Mas resisto; meu egoísmo
É mais forte que meu ser.
Eu sou.... eu sou!
Grito, cogito, existo.
Existência, não Essência,
Criatura, não Criador.
Sentimento e pensamento
Consciência da realidade,
Universo e identidade.
Meu tudo, meu ser, meu nada.
Então percebo você.
Outro ser além de mim,
Não sei..., tenho receio,
Você é tão outro assim!
Eu e você, você e eu
Irresistível atração de amor.
Mas há outros seres ao redor,
Gente como você e eu.
Sinto que tenha de repartir
Meu eu e meu ser com você,
Mas resisto; meu egoísmo
É mais forte que meu ser.
DEVANEIOS DE UM BANCÁRIO
Sou um eficiente funcionário de banco,
Um triste “guarda livros” do século passado,
Que registra depósitos milionários
Na conta de correntistas afortunados.
Ah se eu possuísse estes milhões sem conta,
Ou se não tivesse de tanta conta dar conta,
Correria pelos os caminhos do mundo afora
Bailando e cantando até o romper da aurora.
.
Muitos não sabem o que fazer com seus milhões!
E eu vivo a contar minha fortuna em tostões;
A chuva lava estátuas, e o sol brilha lá fora.
Enquanto o contador fica à mercê das horas.
Sou um eficiente funcionário de banco,
Um triste “guarda livros” do século passado,
Que registra depósitos milionários
Na conta de correntistas afortunados.
Ah se eu possuísse estes milhões sem conta,
Ou se não tivesse de tanta conta dar conta,
Correria pelos os caminhos do mundo afora
Bailando e cantando até o romper da aurora.
.
Muitos não sabem o que fazer com seus milhões!
E eu vivo a contar minha fortuna em tostões;
A chuva lava estátuas, e o sol brilha lá fora.
Enquanto o contador fica à mercê das horas.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O PRISIONEIRO
Pela grade da janela da cela, vejo o céu,
Tão azul, tão límpido, tão belo!
E sobre o telhado avermelhado do presídio,
Uma palmeira agitada pelo vento
Sacode suas longas palmas.
Visão única do mundo lá de fora.
Empoleirado na cornija do telhado,
Um pássaro previdente,
Prenunciando chuva e frio,
Impermeabiliza suas penas,
Termina seu rito de acasalamento
E alça vôo livre para o infinito.
O sol, emoldurado pela grade de ferro
Faz tudo parecer quadrado.
E a sombra do telhado projetado
Nas paredes da cela fria
Marca os últimos momentos do dia.
Picado pela mosca do ideal e da razão
E por querer libertar o povo da opressão;
Condenado pelos pecados de usar a pena,
Pintar o rosto e protestar na arena;
Fizeram-me prisioneiro de meus sonhos.
Besaliel F. Botelho
Em memória do poeta Paul Verlaine
Inverno de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
ESPERANÇA
Esperança, pássaro cantante
Empoleirado na alma;
Repetindo o mesmo acalanto.
Até o último instante.
Esperança, suave brisa de verão;
Fôlego de vida...
Que vibra e faz vibrar
As cordas do coração.
Esperança, siga adiante!
Não desanime!
Não desista, terra à vista!
Nuvens no horizonte!
Esperança: o bem vai vencer o mal
O sofrer, o pranto e a dor.
Não mais existirá. E em seu lugar:
O gozo, a alegria, a paz e o amor.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
ENTRE O VIVER E O SONHAR
Vivo entre o viver e o sonhar
Entre o ser e o devaneio;
Aquilo que parece ser sonho
É o real que mais anseio.
Sonho transpondo margens
Em cada curva do caminho;
E nessas loucas viagens
Corre sempre sinuoso rio.
Na casa que hoje habito
Tudo que penso e inda sou...
É castelo de areia... medito;
É um sonho que já passou.
Quem pensa ser real o sonho,
E vive em roseos devaneios,
Não despertou do sono,
Nem alimentou anseios.
Versos escritos numa tarde fria de inverno,
Campinas, julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
DIVINAL COSMOGONIA
Fim de tarde... o crepúsculo começa.
Paira no ar prenuncio de melancolia.
Nas arvores, o sussurrar da ventania,
No céu plúmbeo, dos enamorados desprezada,
A lua, desmitificada, de tristeza se embaça.
Quando enfim anoitece...
Tentativas de estrelas aparecem,
Pontilhando a imensidão do céu;
É a hora do recolhimento e da prece.
As horas se alongam no inverno
Cada minuto parece ser eterno...
Teme-se que o astro rei não mais retorne
E em seu lugar, soberana, reine a noite.
Não mente nem falha a divinal cosmogonia:
Surge no horizonte o primeiro raio do sol,
Anunciando o raiar de um novo dia:
Um novo começo, mais um arrebol.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
O ARCO-IRIS
Quando Noé abriu a janela da Arca
Naquela manhã do dilúvio, no arrebol,
Viu algo estranho desenhado no céu:
Um grande arco irisado pelo sol.
Linda imagem de variegadas cores,
Com todos os matizes das flores;
Algo visível, mas intangível, como o horizonte
Que une o céu à terra, mas sempre distante.
Após o dilúvio, a vida recomeçara.
Como o ramo de oliveira prenunciara.
“Este é o arco da minha aliança;
Penhor de perdão e de esperança.”
Desde então, após cada tempestade,
Surge no céu o “arco da esperança”
Como prenúncio de paz e bonança,
Revelando de Deus sua bondade.
Bela policromia das artes divinas,
Abraçando o firmamento e as colinas,
E confortando o coração da gente:
Com promessas de vida permanente.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
A FLORESTA TROPICAL
Outeiros e vales verdejantes,
Paisagens cobertas de verdura,
Montanhas de contornos ondulantes
Indicando o gênero da natureza pura.
Ambiente de beleza e encantamento,
Trilhas na mata fechada e escura,
Ruído de animais em acasalamento,
Cadeia alimentar que a fome procura.
As copas das arvores maiores
Impedem a penetração da luz solar;
Não se sabe se é dia ou se é noite,
Nem se sabe se lá fora inda brilha o luar.
As gotas frigidas do orvalho matinal
Inda repousam nas folhas gigantes;
O som ritmado das águas cantantes
Quebram o silencio da vida natural.
Calor, umidade, singeleza e variedade.
Meio ambiente e sustentabilidade,
Eis aqui; num esboço poético e digital;
O retrato saudoso da floresta tropical.
Besaliel F. Botelho
A Propósito do Rio+20
Junho de 2012
Cuidado! Sou Fragil
CUIDADO! FRAGIL
Cuidado! Sou frágil.
Tenho a idade dos decanos, e mais,
A leveza e fragilidade dos cristais;
Qualquer atitude rude, quebrar-me-á fácil
Cuidado! Sou frágil.
Aparentemente forte, mas ledo engano;
Tenho a essência de todo ser humano:
Sou um caniço agitado pelo vento, sou frágil.
Toque-me com ternura, com brandura.
Não finja que sou invisível, intangível...
Ao passar, acene; note minha presença.
Trate-me com carinho, dê-me sua mão
Preciso de seu apoio, de seu abraço
Lembre-se, sou frágil, mas sou seu irmão!
segunda-feira, 9 de abril de 2012
MADRUGADA DE RESSURREIÇÃO (2)
A natureza toda desperta com alegria:
É o alvorecer; o raiar de um novo dia.
Nos vales e nas montanhas
Alviçareira noticia ecoa:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
O galo da “Fortaleza Antônia” repete seu canto;
O orvalho do monte Hermon recolhe seu manto,
E o bem-te-vi, na copa das árvores, canta:
Eu também vi! Eu também vi!
As águas cristalinas das fontes de Sião
Dedilham nas pedras, no ritmo das moneras,
Uma nova melodia; uma nova canção:
Cristo vive! Cristo Vive! Aleluia!
Na madrugada, mulheres levam especiarias.
Para ungir o corpo santo de Jesus.
E o jumentinho solto nas pradarias,
Saltitante, em trote galopante anuncia:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
E o sábado da lamentação, da tristeza e da dor
Cede lugar ao domingo, O Dia do Senhor.
O dia em que Jesus ressuscitou.
Por isso, cantamos:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
A natureza toda desperta com alegria:
É o alvorecer; o raiar de um novo dia.
Nos vales e nas montanhas
Alviçareira noticia ecoa:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
O galo da “Fortaleza Antônia” repete seu canto;
O orvalho do monte Hermon recolhe seu manto,
E o bem-te-vi, na copa das árvores, canta:
Eu também vi! Eu também vi!
As águas cristalinas das fontes de Sião
Dedilham nas pedras, no ritmo das moneras,
Uma nova melodia; uma nova canção:
Cristo vive! Cristo Vive! Aleluia!
Na madrugada, mulheres levam especiarias.
Para ungir o corpo santo de Jesus.
E o jumentinho solto nas pradarias,
Saltitante, em trote galopante anuncia:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
E o sábado da lamentação, da tristeza e da dor
Cede lugar ao domingo, O Dia do Senhor.
O dia em que Jesus ressuscitou.
Por isso, cantamos:
Cristo vive! Cristo vive! Aleluia!
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